Hoje é o dia do Professor.Mas falando, e como diz popularmente em nosso cotidiano, é apenas uma lembrança mais significativa desta categoria que tanto faz por nosso país e ainda permanece com o seu reconhecimento aquém do esperado.
Em outras décadas era um caso de amor, mas hoje pode-se levar ao debate a falta de escolhas principalmente em nosso interior. Ser professor para muitos é apenas uma desculpa para se obter o curso superior. O amor a profissão é muitas vezes uma artimanha para não dizer diretamente que o amor é ao bolso, mas isso é minoria, mas não deixa de ser verdade.
O piso salarial ainda não é pago por todos os Estados e municípios, a desproporcionalidade dos salários, as condições de ensino e tantas outras contribuem para desestimular a quem pensa em seguir a carreira.Apesar da modernidade de algumas escolas, essa modernidade ainda não chegou nos vencimentos dos professores.Ainda está fazendo curso na Idade da Pedra.
Ser professor nos dias atuais exige mais do que conhecimento, exige dos mesmos serem submissos as autoridades e aos alunos, levar pancadas também faz parte da grade curricular.Sua figura anda desfigurada pela falta de respeito, agressões e pelos baixos salários.
Nos meios de comunicações, vemos sempre frases do tipo que não existe nenhum doutor que não tenha passado pelas mãos de um professor e tantas outras que apenas elogiam, mas estão longe do reconhecimento. O elogio da teoria está a anos luz da prática.
No interior não é diferente, ver alguém chamar a um professor de Doutor ou Mestre sendo realmente, é coisa rara, agora se você passa para um curso de medicina ou direito, o nome de doutor já aparece instantaneamente, demonstrando infelizmente a falta de conhecimento da grande maioria.
Como uma categoria tão importante encontra-se nessa situação?
Acho que o grilhão que acorrenta a classe, encontra-se na dispersão e falta de consenso e unidade da grande maioria que sabe o seu valor, mas não atua defendendo esse interesse. Nas cidades interioranas, poucos são associados a sindicatos que realmente os defenda, já que esses sindicatos quando chegam aos municípios, com pequenas exceções não vem com o interesse de defendê-los, mas tão somente de recolher sua contribuição.
O primeiro passo do erro parte geralmente da indicação da pessoa que os representem. Quase sempre não é o mais capacitado, basta apenas falar alto e não ter estilo de educador, ser apresentado e querer aparecer, isso mesmo, parece ser o termo mais apropriado. Onde fica a sede do sindicato não me perguntem.
Nas escolhas, fica evidente que a atuação do sindicato é puramente política. Sua atuação depende da administração ou do sobrenome de quem ocupa. A atuação quase sempre depende do lado político e visa a longo prazo ser candidato apostando no apoio da categoria.
Aos que leem essa matéria, pode parecer prejudicial ou não reconhecedor da importância do professor o que escrevo ,mas estou escrevendo com base no que constato diariamente e posso me colocar nos dois lados quer seja a da administração ou da categoria.
Ainda falta muito para os professores alcançarem sua importância enquanto classe, e para que isso aconteça é necessário mostrar sua unidade, representação e atuação constante.Nesse caso a atuação deve ser invertida e o professor passar a função de aluno.
Deixar de reconhecer o valor desse apaixonado pelo saber, que ao longo de sua trajetória vai de tio(a) a Mestre ou Doutor é impossível.
Por isso, o meu parabéns não vai para todos os professores, mas para os que exercem de verdade e se dedicam a profissão de professor e educador. É necessário separar o joio do trigo.
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