terça-feira, 18 de setembro de 2012

Justiça Eleitoral ou Eleitoreira - Até onde deve ir o Poder da Justiça?


A campanha em nossa cidade e também em outras da região ganharam desde o início uma dose especial de suspense, drama e por não dizer comédia.

Desde a abertura desse pleito, a justiça eleitoral tem deixado bastante claro que ela também quer fazer parte desse processo, não como coadjuvante, nem estrela ou astro principal, isso é pouco, talvez uma constelação sirva.Batam palmas, pois ela merece. Não é todo dia que temos bons programas de humor compostos por grandes atores.

A consequência de tudo isso, é que para os candidatos, esse filme se transformou numa trama de pesadelo que daria para fazer inveja aos grandes diretores hollywoodiano do gênero e desde o pontapé inicial tem que enfrentar ao mesmo tempo, o seu oponente e a nossa humilde, eficiente e ainda bem e graças a Deus, rápida justiça.

As decisões deixam ambos os lados, quer sejam políticos ou eleitores na dúvida constante do será que vai dar certo, pode, não pode, se vencer assume ou não? . No calor das emoções se garantem em cima de palanques que são candidatos, como se a decisão final não fosse da justiça, mas da vontade familiar ou do grupo. Nada de anormal nisso, todos sabem que fulano de tal é candidato e para isso creio que não seja necessária a afirmação de advogados ou muita inteligência.

A pergunta que fica é “Ganhando assume”? Não precisa ser grande conhecedor ou gênio para perceber que uma coisa não tem nada a ver com a outra. São atribuições diferentes. O papel do advogado é um, do Ministério Público e do próprio juiz é outra e nessa relação com certeza o poder final de decisão de julgar procedente ou indeferir não é privativo do advogado ou é?

De qualquer maneira a situação causa preocupação, pois a atitude dos juízes, turmas ou colegiados pode prejudicar seriamente não apenas os candidatos ou o município, mas frustrar a uma sociedade que se empenhou, foi às ruas defender seu lado político e viu sua decisão legítima de cidadão e eleitor sendo cassada por uma rabiscada de azul ou preto de alguém alheio a essa realidade.

Não é que a justiça tenha que fazer vistas grossas ou fechar os olhos para erros dos políticos no popular falando, mas é ter prudência, cautela, imparcialidade e ter bom senso, aliás, algo que lhe falta quase sempre. O papel da nossa justiça é promover o aperfeiçoamento da nossa democracia e não contribuir de forma contrária.

No caminhar desses acontecimentos, não demorará muito para que a justiça seja quem determine quem é o candidato, qual seu número e que para ser prefeito ou vereador de agora em diante não precisa ser votado, mas apenas nomeado para serem moleques de recados oficializados do Poder Judiciário. Guardem as urnas, dispensem mesários, presidentes e etc...

Talvez se acrescente alguns requisitos como: só pode concorrer ao cargo ou função quem for branco ou de raça ariana, rico, possuir carro importado, ser da genealogia de Jó para ter bastante paciência, gostar do Grafith ou do Restart e ainda aos sábados quando se lembrar da justiça procurar assistir ao Zorra Total.

A suposta autonomia entre os poderes precisa ser revista ou encarada de forma real, ou seja, a justiça é quem manda. Mas tudo bem acredito que ao final se homologará a vontade da maioria e a expressão “Todo o poder emana do povo” não será um ditado popular engavetado no vasto território das decisões mofadas e amareladas desse poder.

Que a justiça faça o seu papel, todos querem e desejam, mas não se pode admitir em um país onde as pessoas são livres que o seu direito legitimo de escolher seus representantes nas urnas sejam cassados. O autoritarismo de tanques, metralhadoras ou armas ficaram para trás. Qualquer decisão contrária aos anseios do povo deve ser encarada como um retrocesso e volta ao passado.


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