Pequeno resumo:
Para quem acompanha um pouco da política de nossa cidade talvez ainda se lembre das mudanças que aconteceram nos últimos vinte anos, onde tudo não passou de uma onda de interesses políticos e que consequentemente o eleitor quase sempre foi levado não por sua livre consciência, mas por outros motivos particulares que quase sempre predominam em cidades pequenas como parentescos, amizades, empregos e sub-empregos, interesses e tantos outros que a política, ou melhor a politicagem permite.
Com o fim da administração de Manoel Brito de Melo(1993-1996)acabou-se uma hegemonia política das famílias Brito de Melo e Pimenta que durante décadas brigaram,acusaram e até em momentos de cinema medieval ganhavam mas não assumiam.
Depois disso, aparece no meio político o agropecuarista Antonio Véras que através da Cooperativa de Caicó implantou linhas de créditos e propiciaram a bem da verdade uma significativa melhora na bacia leiteira do município e saindo candidato, confirmou-se a previsão e governou os rumos do município por 4 anos no período de 1997 -2000.
Vendo a possibilidade de um novo mandato de Antonio Véras, as famílias outrora inimigas passam a comungar do mesmo prato, mesmos interesses e do mesmo palanque, mesmo com suas divergências e mágoas, claro sob o comando de um novato no meio político que já vinha há alguns anos fazendo seu espaço. Era a vez de Bebeto Almeida.
No embate político, a vitória de Bebeto que tinha como vice-prefeito Francisquinho Pimenta acaba por vencedora e o poder de Antonio Véras fica nos corredores, mas presente a cada eleição e ainda incomodando o meio político, pois qualquer erro de estratégia poderia fazê-lo voltar a prefeitura .No Pleito eleitoral para a reeleição , Bebeto se reelege com a mesma chapa de composição eletiva.
Mas se a política é boa , também traz seus melodramas e aí começa um dos piores dramas para os prefeitos que não podem mais se reeleger, ficando sempre a perguntar diariamente "vou ter que sair e quem ficará no meu lugar"?.
As investidas de Bebeto em convidar sempre ao seu palanque, na época, o Dr. Chagas nada mais era do que um teste de colocá-lo como seu provável sucessor e o que se confirmou.Como diriam Grande novidade.
Com a candidatura do aceito ou não aceito se concretizava mais do que uma sucessão, um plano de uma família que já vinha atuando nos bastidores a bastante tempo agora tinha um filho autêntico, puro e até sobrenome e já quem sabe planeja outro.
Com a vitória de Bibi, inicia-se uma nova fase na política, não em novidades, mas em desdobramentos . Os elogios depois da vitória, tornaram-se mágoas, infinidade de ingratidão e tudo de um pouco que faz a mistura da política, status, mudança de estilo.
Hoje, as chapas por si resumem, mais um episódio de um filme que possui muitos astros, atores e atrizes e um público fiel que sempre gosta de comprar o bilhete para assistir nas calçadas o futuro do município.
As amizades foram dispersadas, as pessoas não mais se conhecem, os incentivos são conceitos não recomendados e até mesmo as tradicionais famílias hoje já buscam o candidato do seu clã de amanhã.
Uma coisa é certa, ser prefeito deve ser muito bom, pois todos querem, reclamam, alegam que não dormem, xingam governos estaduais e federais, mas não entregam ou renunciam a seus cargos.
A grande pergunta que ninguém sabe é: Por que será?
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