Nesse período político, ou
melhor, de politicagem, uma coisa chama a atenção. É a constante publicação
onde todos os lados envolvidos, se preocupam geralmente em mostrar uma visão
política onde o número de identificação e a cor do partido do candidato
consegue ser mais importante do que a própria pessoa.
A campanha política parece
mais um jogo do bicho com apenas algumas alternativas de animais devorando ao
seu algoz ou de fotos que apenas evidenciam atos de manifestações ou eventos e
nada de propostas através das redes sociais.
Fico imaginando um país que
passou quase 24 anos de ditadura, depois de tantos desaparecimentos de pessoas
que doaram suas vidas em prol da democracia ter hoje que se contentar com uma
política universal baseada não em propostas, mas como prioridades as velhas e
tão comentadas mentiras e baixarias com palavras que definem o tipo de suposta democracia em
que vivemos.
Na rotina diária, vemos uma
grande quantidade de deuses e santos que nos atordoam com sons de carros e músicas apropriadas para circos, mas que faz sucesso e que foram
enviados para resolver de vez os nossos problemas. As promessas e discursos dos
candidatos são sempre as mesmas, mudam apenas o lado, a cor da coligação, mas
infelizmente não se muda a mentalidade, os procedimentos e atitudes. O velho se
torna novo e o novo mais atual ainda.
Na onda dessa política, as
pessoas se deixam levar pelos interesses dos candidatos e tornam-se hostis, irreconhecíveis
e mal educados politicamente e civilmente, pois não respeitam a opinião e opção
das pessoas. As calçadas viram palanques eleitorais com a presença de
humoristas e a certeza de uma ociosidade, um verdadeiro stand-up.
Por outro lado, os políticos
só faltam exigir da população obrigatoriedade permanente pelo o que fizeram,
como se não fossem de suas responsabilidades administrarem o município,
chegando a crer que todas as obras que fizeram foram com recursos privados.
Na verdade, fico na dúvida se
o eleitor reflete a imagem do seu político, ou o político reflete a imagem do
seu eleitorado. Fica uma certeza, diante disso tudo, geralmente as pessoas
ficam em desavenças e até mesmo brigam, mas se contentam diante de alguns
trocados, enquanto os políticos ficam cada vez melhores politicamente e
financeiramente e com uma vida privilegiada e suas desavenças ou egocentrismo
terão data certa de vencimento até os próximos interesses.
Se a grande maioria dessas
pessoas brigasse mais por seus direitos ao invés de brigarem por animais, cores
e empreguinhos teriam com certeza um Brasil melhor para todos.Claro que existem exceções,
mas são difíceis.
Enquanto existem centenas de bandeiras espalhadas pelas cidades, a mais importante(branca) e da paz permanece guardada no fundo do baú.
É uma pena que no Brasil os partidos políticos hoje não passem de siglas partidárias e que a política e a festa da democracia não seja nada além do que a festa do ridículo.
Amigo Dulcivan, bom dia. Essa matéria é uma das coisas mais lúcida e coerente que já li acerca da movimentação partidária/política em Campo Grande. A política - em sua essência - sempre me causou admiração. No entanto as decepções e desenganos me afastaram um pouco da militância política. Causa-me náusea ao saber do teor de alguns discursos proferidos em vias públicas da nossa cidade. Mas, me causa mais espanto ainda, saber que "políticos" que um dia bateram no peito e gritaram em alto e bom som que seriam eternos defensores das boas causas e de projetos coletivos. . . etc, hoje se encontram participando de projetos mesquinhos e, exclusivamente, pessoal; Compram votos, apelam ao extremo de beirar a ridicularidade e, acima de tudo mentem desenfreadamente. Estamos no século onde o conhecimento é uma moeda cara; Da globalização; Da informação que chega fácil em qualquer lugar. Estão brincando com a nossa inteligência e capacidade de raciocínio. Chega de hipocrisia! A sociedade campograndense merece respeito.
ResponderExcluirRuston Liberato