foto:reprodução
Uma das grandes fases da
vida de uma pessoa passa pela faculdade para uns e dificuldade para outros. Da
pretensão e êxito inicial ao término de tudo pode acontecer. Da ansiedade de
entrar em um mundo desconhecido e novo, ao desapontamento tudo é uma incógnita
que não acontece num piscar de olho, mas num longo e demorado caminho a
percorrer. Foi dada a largada, façam suas apostas.
Dos pedidos aos políticos
por transportes, a formação e conhecimento da turma ao estado do carro e até a
confiança na capacidade do motorista é avaliado e sondado. Todo o seu
conhecimento até então com uma grande maioria dos seus novos colegas se resumia
a um tchau ou oi distante, mesmo residindo na mesma cidade. Toda sua ação com
essas pessoas anteriormente precisam ser avaliadas. Alguns ficarão íntimos,
outros serão mais desconhecidos ainda.
O primeiro contato com a sua
turma já na faculdade mostra de entrada que é necessário um ajuste em sua
postura de modo a agradar todas as tendências e facilitar o convívio de forma
mais rápida. Da aprendizagem dos nomes e de suas cidades já com sotaques
cômicos ou sarcásticos deixa claro que não se deve levar tudo ao pé da letra e que
às vezes é necessário fingir que não ouviu. Das amizades iniciais aos grupos
que se formam não demorará muito para perceber quem será ou não seus colegas,
os metidos a importantes, as patricinhas, os mauricinhos, os gazeadores de
aulas, as extensões dos professores, os aproveitadores de trabalhos em grupos
de plantão, os bons e maus professores. Existe um mundo de opções a se fazer e
sua escolha pode resultar um grande salto em sua vida.
Da simplicidade e
companheirismo de um professor a arrogância de outros tudo é uma realidade a
ser vivenciada. Sua experiência está apenas começando. É um mundo novo que
exige uma mentalidade nova.
Ao sair de casa, tem-se um
compromisso com o horário, tudo deve ser planejado com antecedência para não
correr o risco de ficar para trás. A família pode se virar. Da procura pelos
lugares favoritos, ao jogo de comandantes e comandados, aos futuros DJs do
percurso e suas músicas exaustivamente repetidas nos CDs arranhados, se
preparem, pois, o avião vai decolar e pode haver turbulência.
Mal saímos da cidade e já
estamos pensando na chegada e dizendo que parece não ter fim essa viagem. Cada
grupo com seu assunto, sua tendência, sua reclamação e sua opinião formalizada
sobre o grupo, a música, a diversidade existente. Ali surgem grandes
observadores, líderes e gênios dispostos a não fazer nada a não ser ficar com a
parte mais fácil que é a de reclamar sempre e colocar defeito em tudo.
A viagem pode ser prazerosa
quando se dialoga com pessoas que nos ensinam alguma coisa até mesmo sem falar
nada, arriscada nos perigos das estradas escuras, esburacadas ou chuvosas
recheadas de animais e motoristas irresponsáveis. Ali se percebe que viver é
sempre arriscar-se e que pedir a Deus proteção deve ser constante. Para quem
gosta de adrenalina pode ser a pedida certa, porém não recomendável.
Nas avaliações o modo de
analisar é totalmente diferente das escolas por onde passamos, deve-se conhecer
o método do professor (a). É uma nova forma de interpretar e escrever. Não
tardará para diante dos resultados iniciais você ser levado ao lugar certo ou
acreditar que de repente não tem capacidade, que está ali por sorte. Nada que
se deva colocar como prioridade. A prioridade deve ser acreditar em si mesmo e
que principalmente aos mais humildes aquele estabelecimento é um passo
obrigatório para a sua vida profissional, pode fazer com que seu sonho seja
realizado, torne-se grande e acima de tudo uma pessoa melhor e mais consciente
de suas responsabilidades.
As greves não ficam de fora,
é uma companheira constante e desagradável. Como uma criança bagunça tudo e lhe
impõe uma sobrecarga desonesta para alunos e professores. A correria entra em
sua vida e chega a determinado momento que só se pode dar prioridade ao seu
curso. As vinte e quatro horas do dia é pouco comparada com o que se tem para
fazer e entregar. O tempo não para. Não se podem esquecer quase sempre as
constantes intervenções políticas reivindicando aplausos, agradecimentos e que
se faça publicidade diariamente por ter liberado o carro, ou seja, se não me
elogiarem eu não dou mais o carro. Uma ação politicamente incorreta.
Passados anos de sua
investida, chega-se ao momento que é geralmente um tormento na vida de todo
aluno, a assombrosa monografia lhe suga, entedia, aborrece e para não correr
louco, recomendo apenas coçar a cabeça e pedir paciência e proteção a Deus.
Chegada à conclusão e o
êxito final agora é hora de parar e pensar um pouco. No transcurso, muitos desistiram por achar
demorado, perderam-se no curso ou saíram para buscar algo que lhes
oferecesse um emprego com maior brevidade.
Ao mencionar isso, não estou
com o objetivo de descrever minha trajetória ou fazer uma biografia enquanto
universitário, mas de tentar colocar esse resumo em determinado momento da vida
de quem já foi ou é universitário e sabe que por essa narração já passou, está passando
ou ainda irá passar.
O mais recomendado de tudo é
que não se pode desistir diante da primeira dificuldade ou problemas. Problemas
existem para ser resolvidos e mostrar a nossa capacidade de lidar com a
adversidade.
Tenho a convicção de que
nesse mundo entrei pelo acaso, continuei pela insistência e conselhos de amigos
e professores, mas ao final conseguir o êxito desejado.
Na faculdade sei que cheguei
e venci. Na escola e universidade da vida, ainda estou engatinhando, tentando aprender,
compreender e buscando sempre o ensinamento correto. Sei que neste caminho a
jornada é longa, mas mesmo assim serei persistente e espero um dia alcançar.
Não espero nesse caso diploma, mas tão somente graças diante do Senhor da vida.
Enquanto isso continuará a
minha procura buscando conhecer alguém que já tenha recebido diploma de doutor
na escola da vida. Alguém conhece?
Nenhum comentário:
Postar um comentário