Você já se deparou ao ver um
jogo entre a seleção brasileira e a da Argentina e quase nunca ver um negro
jogando pela seleção argentina? Falo do futebol porque é onde a população
geralmente dá mais ênfase? Mas
será que a Argentina nunca teve negros?
Jorge Lanata
um dos mais importantes jornalistas argentino publicou em 2002 seu livro onde
se refere aos negros como os primeiros desaparecidos, fazendo uma referência ao
regime militar e mostra números de 1778, onde 30% da população tinham origem
africana, no censo de 1810 esse número cai para 25% da população e
repentinamente em 1887 para menos de 2%.
Por mais que
os argentinos não queiram admitir a hipótese de genocídio, essa é uma
alternativa que pode ser colocada no debate. Uma grande maioria dos
historiadores sabe que o primeiro século de vida da capital argentina estava
alicerçado sobre o tráfico e comércio negreiro aonde os escravos que chegavam a
Buenos Aires de forma ilegal eram enviados para as minas do Rio Prata, num
verdadeiro jogo de contrabandistas com o apoio de governadores numa relação
intima entre o ilegal e o oficial.
Outros
estudiosos alegam que o motivo para o branqueamento dos argentinos tenham sido
os casamentos mistos que, com o passar dos tempos possibilitaram o clareamento
de seus descendentes. É uma possibilidade, mas convenhamos que seja uma
argumentação que nada explica.
Quanto à
dúvida, a Argentina assim como o Brasil, teve escravos e na mesma proporção.
Com a abolição argentina da escravatura em 1813 os argentinos não perderam
tempo e colocou como prioridade uma politica destinada ao branqueamento de sua
população, política essa que nos primeiros anos da nossa República tornou-se
motivo de inveja por parte das nossas autoridades, ou melhor, dizendo, do
governo brasileiro.
Jorge Lanata
enfatiza que seu país não tem negro porque foram exterminados e coloca em seu
livro Argentinos, que um dos principais problemas desse extermínio aconteceu
durante as guerras de independência onde os escravos eram colocados na linha de
frente das lutas, contribuindo desta forma para a dizimação da raça negra.
Versões e
entendimentos a parte entre os estudiosos, outro fator que contribuiu para a
fama negativa e racista dos nossos Hermanos foi à receptividade acolhedora
durante a Segunda Guerra Mundial com a qual os fugitivos nazistas foram
recebidos.
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