quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Por que a Argentina não tem negros - Um breve resumo


Bandeira da Argentina



Jorge Lanata um dos mais importantes jornalistas argentino publicou em 2002 seu livro onde se refere aos negros como os primeiros desaparecidos, fazendo uma referência ao regime militar e mostra números de 1778, onde 30% da população tinham origem africana, no censo de 1810 esse número cai para 25% da população e repentinamente em 1887 para menos de 2%.


Por mais que os argentinos não queiram admitir a hipótese de genocídio, essa é uma alternativa que pode ser colocada no debate. Uma grande maioria dos historiadores sabe que o primeiro século de vida da capital argentina estava alicerçado sobre o tráfico e comércio negreiro aonde os escravos que chegavam a Buenos Aires de forma ilegal eram enviados para as minas do Rio Prata, num verdadeiro jogo de contrabandistas com o apoio de governadores numa relação intima entre o ilegal e o oficial.


Outros estudiosos alegam que o motivo para o branqueamento dos argentinos tenham sido os casamentos mistos que, com o passar dos tempos possibilitaram o clareamento de seus descendentes. É uma possibilidade, mas convenhamos que seja uma argumentação que nada explica.

Quanto à dúvida, a Argentina assim como o Brasil, teve escravos e na mesma proporção. Com a abolição argentina da escravatura em 1813 os argentinos não perderam tempo e colocou como prioridade uma politica destinada ao branqueamento de sua população, política essa que nos primeiros anos da nossa República tornou-se motivo de inveja por parte das nossas autoridades, ou melhor, dizendo, do governo brasileiro.


Jorge Lanata enfatiza que seu país não tem negro porque foram exterminados e coloca em seu livro Argentinos, que um dos principais problemas desse extermínio aconteceu durante as guerras de independência onde os escravos eram colocados na linha de frente das lutas, contribuindo desta forma para a dizimação da raça negra.


Versões e entendimentos a parte entre os estudiosos, outro fator que contribuiu para a fama negativa e racista dos nossos Hermanos foi à receptividade acolhedora durante a Segunda Guerra Mundial com a qual os fugitivos nazistas foram recebidos.


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