A cada dia que passa fica mais difícil entender o suposto entendimento
da justiça. Até aí nada de mais, pois se trata de uma pessoa leiga e o que falo
argumento sob a visão de quem procura entender e fica sempre se indagando. Acho
que a decisão da nossa justiça é muito elevada para o meu grau de conhecimento
e o avanço graças a Deus da minha idade está contribuindo para o meu
retardamento mental.
Ontem, Campo Grande de uma hora para outra se transformou. Do barulho
absurdo dos carros de propagandas, passou a se ouvir em intervalos e em
diversos pontos da cidade o som de foguetões. Na mídia o som foi trocado pelas
velhas palavras com predominância de termos tais como: kkkkkkkkk e tantas
outras asneiras que permeiam a pobre visão de uma grande maioria dos internautas
que se acham expert em conhecimentos, mas mostram apenas o seu lado pobre de espírito,
de consciência e de desconhecimento. Na verdade, mais parecem vírus ambulantes
prestes a explodir de tanta ignorância.
Quando a justiça impõe alguma punição ao cidadão, evidentemente é porque
ela foi acionada. O que não consigo entender é porque somente agora no período
eleitoral essa justiça que quase sempre é omissa se pronuncia e se faz ver e
acontecer, ou melhor aparecer por algumas horas? Por que essa mesma justiça não julgou muito antes casos como o de
ontem que envolvem Bibi e outros, ou o de antes com Bebeto?
Sabemos que todos possuem o amplo direito de defesa e que o dever da
justiça é coibir qualquer atitude contrária aos direitos essenciais do cidadão.
Não estou com isso fazendo apologia à corrupção ou tentando defender nenhum dos
candidatos, visto que nem domicilio eleitoral possuo em Campo Grande.
Mas surgem algumas dúvidas, e cito apenas algumas nesse universo de
interrogações, por exemplo:
Se esse processo vem desde a última campanha, por que somente agora ele
foi julgado?
Se a punição foi por compra de votos, por que não se punem também a quem
se vendeu já que a justiça tem certeza da atitude? Ou não pode, por se tratar
de um marciano?
Ao colocar um substituto no poder e na eventualidade do mesmo não
conseguir manter o pagamento dos servidores, fornecedores e tantos outros a
justiça assume esse ônus e paga em dia?
Afinal, qual é o papel atual do nosso judasciário? Ajudar, julgar, exibir-se, punir, atrapalhar ou
brincar de dar canetadas em papel. A decisão de hoje pode ser anulada amanhã e
aí quem está com a razão que puniu nesta comarca ou quem isentou no Tribunal da
culpa?
Tirá-los temporariamente de sua função só os deixam mais fortes perante
seu eleitorado e o final todos já sabem, seus adeptos vão recebê-los na ponte ao som de
fogos, buzinas e para completar e não deixar faltar à pimenta dessa relação
política colocar a culpa no adversário.
Mas não se esqueçam, passado as eleições a nossa douta justiça volta a
sua normalidade, ou seja: decidir valor de pensão alimentícia, solicitar número
de funcionários aos prefeitos antes e depois das eleições, solicitar cessão de
servidores e como sempre exigir ser chamada e sem exceção de excelência, meritíssimo e
doutor.
Só gostaria de pedir aos nossos promotores e magistrados verdadeiros ícones da democracia, deuses do poder, exemplos únicos de perfeição e que tanto se
preocupam com a moralidade, impessoalidade e outros termos irônicos que também se
lembrassem de cobrar do governo estadual uma solução definitiva para a falta de
professores que ainda insiste em continuar. Não lembro nem da segurança, saúde,
área social e tantas outras.
Ah, desculpem acho que a nossa justiça não pode cobrar tanto de nossos governos
estaduais e federais, pois podem correr o risco de ficar sem aumento.
Muito bom caro Dulcivan!
ResponderExcluirInfelizmente essa é a nossa dura e cruel realidade. Sinto falta de comentários em suas postagens (tão bem escritas e de conteúdo inteligente, só não sei se posso dizer como historiador que imparciais, pois não acredito em imparcialidades), principalmente da parte dos "facenaltas" que tanto gostam de comentar no referido e comiserado site de relacionamentos, o faceburros, digo, facebook. Talvez esses nem se prestem a ler coisas de real valor instrutivo e construtivo.
Realmente a nossa justiça de cada dia tem se “amostrado” interessada no que realmente lhe interessa e não naquilo que interessa ao bem comum. A agilidade na apuração dos processos judiciais só acontecem quando existe oportunidade de se fazer marketing pessoal de uma justiça que é conhecida pela sua morosidade, ineficácia e impunidade, com o intuito de desfazer essa imagem histórica, real e contemporânea. Observo que a “jogada de marketing é usada por todos, por se mostrar mais eficaz do que a solução definitiva dos problemas; lembro-me de uma matéria que afirmava que determinado governo brasileiro gastava mais de recursos públicos com propaganda do que com a saúde.
Seria interessante se os “facenaltas” pelo menos emprestassem seus chavões (já que esses se esqueceram do velho e bom português discursivo) tão criativos, para o comentário de textos realmente edificantes e “críticos” (coisa que esses mesmos “facenaltas”, se esforçam nas suas criatividades para serem) como esse seu texto.