quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Uma viagem no tempo - Do Nefasto Calígula , O Cavalo Incitatus ao desnecessário Senado Brasileiro


Quando se fala em História romana logo vem à cabeça da grande maioria das pessoas a figura de Nero, marcada pelo incêndio que destruiu parte da cidade de Roma, no ano de 64, com sua postura desconfiável traduzida pelos filmes épicos. 

Entretanto, essa versão é contestada por alguns historiadores que não atribuem esse fato ao mesmo, alegando que o imperador naquele momento se encontrava em Anzio tendo retornado a Roma tão logo soube do incidente. Versões a parte, o certo é que creditou-se a Nero esse acontecimento negativo com base em relatos de Tácito e ainda citam que durante o incêndio Nero ficou cantando e tocando lira enquanto a cidade era queimada.

Embora em menor proporção seja do conhecimento popular, não se pode esquecer o excêntrico, demente e odiado Caio César ou Calígula ou Caio Júlio César Augusto Germânico como queiram

O fato é que quando se fala nos dois, deduz-se logo que ambos começaram a governar dentro de um modelo liberal, fazendo as pessoas acreditar que aquele seu governo podia ser o início de uma boa administração e consequentemente da felicidade das massas populares. Triste engano

Levado pelo excesso de orgias, não de dinheiro em cuecas do PT, ou dos mensalões ou das privatizações do PSDB logo o imperador adoeceu e sua doença ao ser curada deixou outra sequela maior, que foi a sua maldade e sua demência desenfreada.

Mas a demência não o fez com que procurasse baixar impostos, pelo contrário começou a fazer gastos e criar impostos excessivos, deixou aflorar sua peculiar crueldade, torturar e tomar as posses de seus desafetos, no nosso caso podemos comparar tomar nossas posses ao Imposto de renda e aos altos impostos que em nada são devolvidos positivamente.

A loucura de Calígula chegou ao auge quando indicou o seu cavalo conhecido como Incitatus para o Senado e ainda mandou construir um palácio feito de mármore e designou soldados da guarda pretoriana para tomar conta de seu sono. A convicção do imperador não era apenas afrontar ao senado, mas humilhá-los e deixar claro que se ele podia nomear um cavalo senador, poderia fazer o que bem entendesse com a vida de qualquer pessoa.Mesmo que depois este mesmo senado o matasse. A aversão do imperador era visível.

Mas o que tem a ver uma coisa com a outra?Onde quer chegar? Calma, prossigo:

Se compararmos com a nossa realidade politica, podemos tirar algum proveito deste fato que não se comprovou, mas continua passando de geração em geração e mais atual do que nunca quando se trata de exemplos. Se essa indicação acontecesse nos tempos atuais, creio que os nossos senadores não ficariam irritados por ter entre eles um cavalo indicado , já temos os parasitas dos suplentes que possuem duas pernas, mas agem como se tivesse quatro, mas ficariam por outro motivo e esse motivo seria pelas ações do cavalo. Quais seriam essas ações? posso sugerir inicialmente algo simples, raciocine e pense bem: cavalos não praticam atos antiéticos, não nomeiam parentes, não agem às escuras nos corredores, não usam maletas, não tem auxílio-paletó, auxílio-moradia, não desviam dinheiro público, não colocam dinheiro em cuecas, poderiam fazer suas cagadas, mas tudo seria limpo em pouco tempo e não existiria a necessidade de se criar CPI que não tem nada a ver com Comissão Parlamentar de Inquérito, mas com um significado mais coerente (Continuam pegando só inocentes) para apurar esse tipo de fato. E se o exemplo de Calígula fosse rejeitado, poderíamos mencionar Nero e aí ficaria mais difícil de haver o nepotismo ou Nerotismo, uma vez que esse imperador matou muitos de seus familiares.Resumindo o cavalo sairia mais barato para o contribuinte.

Ao falar sobre Calígula , suas supostas loucuras e suas excentricidades não quero  recomendar ninguém a agir da mesma forma, não, de maneira nenhuma porque já vemos isso, mas fazer ver e questionar se realmente existe a necessidade da existência de um Senado omisso, caro, mandato de oito anos, cabide de suplente e alimentado por alta dose e teor de escândalos. A única vantagem, é que o nosso pagamento é creditado diariamente em nossas contas, ou melhor costas, através de uma moeda chamada patada e em cédulas de gramas de 8 para facilitar o troco.

A diferença entre o psicopata romano e o nosso senado, é que Calígula usava o terror descarado como arma de poder e ainda adorava ser odiado, enquanto o senado usa leis silenciosas alegando uma suposta proteção à nação , o terror disfarçado e legalizado chega até ser lido em sessão e publicado, mas não é lido e nem entendido pela população que reclama e clama por mudanças , mas continua alimentando esse vício sob uma bandeira de formato quadrado alçada sob uma ordem e progresso imaginária.

Nesse jogo de comparação ,de distância milenar, de tanta loucura e podridão fico a me perguntar onde o cidadão brasileiro se encaixa? Se nas atitudes dos Calígulas da vida, nas nomeações dos Incitatus ou simplesmente ficaria com o peso das cavalgaduras ou ferraduras?

Será que alguém já nos chama de nação Incitatus?

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