O
longo processo eleitoral nos EUA começa nas prévias, ou primárias, nas quais os
partidos escolhem seus candidatos através de representantes estaduais. Elas
ocorrem em cada estado de forma distinta: em alguns são somente os filiados ao
partido que votam nas pré-candidaturas, em outros toda a população é chamada a
dar sua opinião, por exemplo. As prévias servem para dar projeção nacional a um
candidato, mas também para criar uma relação com seus apoiadores, iniciar o
processo de captação de recursos e aprimorar o debate, que acontece
internamente entre os pré-candidatos com seminários, debates e comícios.
Escolhidos
os candidatos de cada partido, a campanha eleitoral americana começa e é
marcada pelos altos gastos com publicidade e marketing eleitoral. Novamente, as
campanhas são feitas de estado em estado, pois a votação é independente em cada
unidade federada. Ao final da campanha, os eleitores, que não tem a
obrigatoriedade do voto, decidem quem seu estado apoiará, designando delegados
para o colégio eleitoral.
O
colégio eleitoral é que decidirá quem serão os próximos presidente e vice. Os
delegados que o compõem são designados por cada estado para representarem a
vontade da maioria da população, expressa na votação. É formado por 538
representantes e para eleger-se presidente é preciso atingir a quantidade de
270 votos neste colégio, o que significa que nem sempre aquele que obtiver
maioria dos votos na população será o eleito, a depender das margens de vitória
em cada estado.
Todos
os delegados de um estado, geralmente, seguem a vontade da população, ou seja,
se em um estado um candidato houver vencido, mesmo que por margem pequena,
todos os representantes firmarão o nome dele no colégio eleitoral. Por conta
disso e da discrepância nos números de delegados para cada unidade federada é
que a eleição do presidente pode não representar a vontade da maioria absoluta
da população que votou, como nas eleições de 2000, em que George W. Bush venceu
Al Gore pela maioria dos delegados, apesar de ter perdido na quantidade de
votos no país todo. Já houve, também, casos em que alguns delegados não
seguiram a vontade expressa pela votação de seu estado e votaram em candidato
diverso, mas são exceções no processo eleitoral americano.
Nos
EUA o voto não é obrigatório e há eleições também para governadores, senadores,
congressistas e mais uma infinidade de cargos administrativos como Prefeitos,
promotores e chefes de polícia, por exemplo, dependendo de como uma determinada
comunidade se organiza, existindo vários níveis de administração local como os
distritos, os condados, os municípios, etc. As comunidades nos EUA possuem
certa autonomia de gestão. Levam em consideração questões como etnia, religião,
raça ou mesmo o poder aquisitivo ao comporem-se e se organizam de acordo com as
necessidades e vontades de sua população.
fonte: www.terra.com.br
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